O Livro de Mórmon: a Grande Resposta à Grande Pergunta - Neal A. Maxwell
O Livro de Mórmon: a
Grande Resposta à Grande Pergunta
Traduzido de Neal A.
Maxwell, "The Book of Mormon: A Great Answer to 'The Great Question'"
in A Book of Mormon Treasury: Gospel Insights from General Authorities and
Religious Educators (Provo and Salt Lake City: Religious Studies Center and
Deseret Book, 2003), 1-18.
O Livro de Mórmon proporciona grandes e retumbantes respostas àquilo que Amuleque denominou “a grande pergunta,” isto é: “Existe realmente um Cristo redentor?” (Alma 34:5-6). O Livro de Mórmon declara com clareza e com provas: “Sim! Sim! Sim!” Ademais, o livro declara, mediante seu tema muito repetido, que “todas as coisas que foram dadas por Deus ao homem desde o começo do mundo são símbolos de [Cristo]” (2 Néfi 11:4). Levando em conta tudo que Deus poderia ter-nos dito, que impressionantes são as suas respostas! Ele, diante do qual todas as coisas, tanto do passado como do presente como do futuro, continuamente estão presentes (Vide D&C 130:7), decidiu falar-nos do “evangelho” (3 Néfi 27:13-14; D&C 33:12; D&C 39:6; 76:40-41)-as “boas novas” transcendentes, sim, as repostas resplandecentes à “grande pergunta.” é também de se admirar que Deus, que criou “mundos sem fim” (Moisés 1:33, 37-38; vide Isaías 45:18), decidiu-nos afirmar que neste pequeno “grão de areia” em que estamos “ele nada faz que não beneficie o mundo; porque ama [este] mundo” (2 Néfi 26:24); “pois eis que esta é minha obra e minha glória: Levar a efeito a imortalidade e a vida eterna do homem” (Moisés 1:39).
Não é de nos surpreender
que esta mensagem gloriosa do evangelho seja mais perfeita do que qualquer dos
mensageiros, a não ser o próprio Jesus. Tampouco nos surpreende que a mensagem
do evangelho seja mais vasta do que a compreensão de qualquer de seus
pregadores ou ouvintes, exceto o próprio Jesus.
O significado total do
Livro de Mórmon não se manifestou de imediato ao Profeta Joseph Smith que traduziu,
em média, o equivalente a oito ou mais páginas impressas do Livro de Mórmon por
dia. Baseando-se nesta taxa de tradução, conforme o Professor Jack Welch, teria
levado, por exemplo, somente um dia e meio para traduzir os primeiros cinco
capítulos de Mosias, um sermão notável sobre o qual muitos livros serão
escritos.
O Livro de Mórmon nos
veio em princípios da atual dispensação num local onde havia muito estudo da Bíblia,
muita fé nos seus preceitos e um renascimento religioso. Por isso, nós os
membros da Igreja temos tardado em apreciar sua relevância às condições
corrosivas dos dias atuais, a última parte da dispensação. Questões e dúvidas
da historicidade de Jesus levantadas por alguns eruditos e até alguns clérigos
têm aumentado rapidamente. Isso, porém, não era o caso na América de 1830. Dada
a demografia de hoje, a maior parte do “ministério” do Livro de Mórmon está passando
justamente nesta época agora de grande incerteza e contenda a respeito da “grande
pergunta”-a mesmíssima pergunta a que o Livro de Mórmon foi cridado para
responder!
Outra coisa
impressionante é como o Livro de Mórmon prediz o surgimento nos últimos dias de
“outros livros” de escritura (1 Néfi 13:39). O Livro de Mórmon é um deles, “provando
ao mundo que as santas escrituras são verdadeiras e que Deus inspira os homens
e chama-os para sua santa obra, nesta época e nesta geração, assim como em
gerações passadas” (D&C 20:11).
Quanto às omissões da
preciosa Bíblia Sagrada, em um só capítulo de 1 Néfi, capítulo 13, aparecem (na
tradução portuguesa) três frases: tiraram, foram tiradas e foram
suprimidas. Ao todo, há oito indicações num capítulo só que houve omissões
devido a deficiências na transmissão do texto. Ademais, como indica Néfi, eram
coisas “preciosas” que se perderam. Notem que a tradução de Joseph Smith de
Lucas 11:52 mostra que Jesus criticava aqueles que “haviam suprimido a chave do
conhecimento, a plenitude das escrituras” (Tradução de Joseph Smith, Lucas
11:52).
Embora não saibamos
exatamente o que foi “tirado” ou “suprimido” (Vide 1 Néfi 13:40), é lógico que haveria
uma representação maciça de tais verdades simples e preciosas na Restauração.
Portanto, os “outros livros” proporcionam justamente aquilo que Deus anseia que
seja disponível aos filhos dos homens para que conheçamos a verdade das coisas,
como disse Jacó, “das coisas como realmente são” (Jacó 4:13).
A convergência destes “outros
livros” de escrituras com a preciosa Bíblia faz parte da marcha da Restauração.
Esta marcha teria sido impossível sem indivíduos dedicados e heróicos,
inclusive os profetas judeus e o antigo povo judaico que, nas palavras do Livro
de Mórmon, passaram por “sofrimento, labores e aflições” para nos preservar a
Bíblia. Lamentavelmente, como foi previsto, os judeus, como povo, não receberam agradecimentos por sua colaboração, em vez disso, foram “amaldiçoados, odiados
e escarnecidos” (Vide 2 Néfi 29:4-5; 3 Néfi 29:4-8). Uma expressão mais recente
da marcha da Restauração se reflete simbolicamente nas covas de alguns membros
da Igreja da década de 1830 que foram enterrados em Ohio e Indiana. Recém se
descobriu um caminho de lápides que traziam réplicas em pedra tanto da Bíblia
como do Livro de Mórmon. Estes membros se sentiam abençoados em dobro e queriam
que o mundo o soubesse.
As escrituras hoje
existentes nos informam de mais de vinte outros livros que se revelariam (1)
(Vide 1 Néfi 19:10-16). De fato, um dia “todas as coisas que já ocorreram e
ocorrerão serão reveladas aos filhos dos homens” (2 Néfi 27:11). Portanto a
nona regra de fé é uma declaração impressionante! Na minha opinião pessoal,
porém, não receberemos mais escrituras até que aprendamos a apreciar plenamente
as que já temos.
Os “outros livros,”
principalmente o Livro de Mórmon, cumprem a “cláusula de estabelecimento” de
Néfi: “Estes últimos registros estabecerão a verdade dos primeiros
que são dos doze apóstolos do Cordeiro” (1 Néfi 13:40). O que o vidente dos
últimos dias, Joseph Smith, revelou de fato ajudará muitas pessoas a aceitar a
palavra de Deus na Bíblia (2 Néfi 3:11), para convencê-las que “os registros
dos profetas e dos doze apóstolos do Cordeiro são verdadeiros” (1 Néfi 13:39).
Há uma aventura para a frente! Neste meio tempo, enquanto se intensifica a
crítica do Livro de Mórmon, o livro continua a testificar e mostrar de forma
cada vez mais diversificada sua coerência interna, sua riqueza de preceitos e
seu vínculo com a antigüidade.
A plenitude da
Restauração prosseguiu conforme prevista por Amós: “fome na terra, não fome de
pão nem sede de água, mas de ouvir a palavra do Senhor” (Amós 8:11). O fim
daquela fome se marcou pelo lançamento do Livro de Mórmon e dos “outros livros.”
Tais livros têm sido o
meio do Senhor de preservar a memória espiritual dos séculos passados. Sem a memória
moral logo segue a tragédia: “Ora . . . havia muitos da nova geração . . . que
não acreditavam no que fora dito sobre a ressurreição do mortos nem acreditavam
no que se referia à vinda de Cristo” (Mosias 26:1-2).
Em outra ocasião: “E na
ocasião em que Mosias os encontrou . . . nenhum registro tinham trazido consigo;
e negavam a existência de seu Criador” (Ômni 1:17).
A crença na Divindade e
na Ressurreição são geralmente os primeiros princípios a serem abandonados. É irônico
que embora aceitemos com gratidão a Bíblia como palavra de Deus, o próprio
processo de sua emergência (várias traduções e a supressão de coisas preciosas)
tem causado um enfraquecimento desnecessário na fé cristã por parte de algumas
pessoas. Devido ao fato das fontes bíblicas não serem originais e sim
derivações antiquadas e traduções, devemos apreciar ainda mais os “outros
livros” que chegaram a nós diretamente de registros antigos e de revelação
moderna.
Por exemplo, Paulo
escreveu sua primeira epístola aos coríntios em cerca de 56 A.D. Não possuímos, obviamente, o pergaminho original. Aliás o
documento mais antigo da primeira epístola aos coríntios foi descoberto na
década de 1930 e fora emitido em 200 A.D. Em comparação, o sermão do rei
Benjamim foi proferido pelo profeta em mais ou menos 124 A.C. Na última parte
do século IV A.D. o sermão foi escolhido por outro profeta-Mórmon-para fazer
parte do Livro de Mórmon. O sermão de Benjamim foi traduzido para inglês em
1829 A.D. por Joseph Smith, outro profeta. Há, portanto, uma cadeia não interrompida
do profeta-autor ao profeta-redator ao profeta-tradutor numa colaboração
notável. Mesmo assim alguns descartam o Livro de Mórmon porque não podem ver as
placas das quais foi traduzido. Ademais, dizem que não sabemos o suficiente
sobre o processo de tradução. Mas a promessa de Morôni ao leitor sério, de que
logo tratarei, consiste em ler e orar a respeito do conteúdo do livro, não a
respeito do processo de sua produção. Estamos, portanto, “olhando para além do
marco” (Jacó 4:14), quando, por falar de modo figurativo, nos interessam mais
as dimensões físicas da cruz do que aquilo que Jesus conseguiu quando cravado
nela.
Ou, quando não damos ouvidos às palavras de Alma sobre a fé porque
estamos fascinados demais pelo chapeu que refletia luz supostamente usado por
Joseph Smith durante parte da tradução do Livro de Mórmon. (2)
Acima de tudo, ao ler e
ponderar o Livro de Mormon, tenho-me admirado especialmente de como, para o leitor
sério, o livro providencia uma resposta à chamada necessidade arquitetônica do
homem moderno, ou seja, nossa necessidade profunda de perceber algum desenho,
propósito, padrão ou plano referente à existência humana.
Em não menos de quinze
ocasiões o Livro de Mórmon emprega a palavra plano com
referência ao plano de salvação ou seus componentes. O próprio uso da palavra plano em si é
muito marcante. Ao restaurar esta específica verdade “clara e preciosa”-isto é,
que Deus não somente vive mas também tem um plano para a humanidade-o Livro de
Mórmon é extremamente relevante para nossos dias. Não aparecem frases sobre o
planejamento de Deus desde “a fundação do mundo” no Velho Testamento, mas
ocorrem dez vezes no Novo Testamento e três vezes mais freqüente do que isso
nos outros livros.(3)
Fundação
naturalmente sugere uma criação supervisionada por um Deus que
ama e planeja. O Livro de Mórmon dá pesada ênfase ao fato do evangelho ter
estado com a humanidade de Adão em diante. Na sexta página do livro, lemos
acerca do testemunho de todos os profetas “desde a fundação do mundo” (1 Néfi
3:20); cinco páginas depois, uma citação fala das palavras dos “santos profetas
desde o começo” (1 Néfi 5:13). O seguinte versículo representa muitos: “Pois
eis que não lhes profetizou Moisés acerca da vinda do Messias e que Deus
redimiria seu povo? Sim, e mesmo todos os profetas que profetizaram desde o
princípio do mundo-não falaram eles mais ou menos sobre estas coisas?” (Mosias 13:33;
vide também 2 Néfi 25:19).
Parece provável que haja
mais descobertas no futuro de registros antigos referentes ao Velho e Novo Testamentos,
assim encolhendo o tempo entre a origem daquelas escrituras e os documentos mais
velhos já disponíveis. Porém, este encolhimento não
levará automaticamente à ampliação da fé-pelo menos para algumas pessoas. Futuras descobertas de
documentos antigos que podem “lançar maior luz sobre [seu] evangelho” (D&C
10:45) podem focalizar-se em partes do evangelho de Jesus que existiam antes do
ministério mortal de Jesus. Infelizmente, alguns poderão usar
tais descobertas indevidamente para diminuir a divindade do Redentor,
argumentando que não foi Jesus quem originou estas coisas, como se havia
pensado previamente. Todavia o evangelho restaurado, inclusive o Livro de
Mórmon, nos proporciona uma leitura clara da história espiritual da humanidade,
mostrando “as ternas misericórdias” (Vide 1 Néfi 1:20; éter 6:12) desde o tempo
de Adão. Não há, portanto, motivo de ficarmos preocupados com a descoberta de
uma parte do evangelho de Cristo antes do ministério mortal de Cristo. O
evangelho foi pregado e conhecido desde o início (Vide Moisés 5:58-59).
A detalhada correlação
interna do Livro de Mórmon-de fato, de toda escritura verdadeira-é maravilhosa aos
nossos olhos. Séculos antes do nascimento de Cristo, o rei Benjamim profetizou:
“E chamar-se-á Jesus Cristo, o Filho de Deus, o Pai da terra e do céu, o
Criador de todas as coisas desde o princípio” (Mosias 3:8).
Séculos depois, o
próprio Jesus ressuscitado se apresentaria aos nefitas com palavras bem
semelhantes: “Eis que sou Jesus Cristo, o Filho de Deus. Criei o céu e a terra
e todas as coisas que neles estão. Estive com o Pai desde o princípio” (3 Néfi
9:15).
Mas voltemos ao plano de
Deus que nos desdobra: Alma, depois de falar da queda do homem, declarou que “era
conveniente que os homens soubessem das coisas que [Deus] decretara para eles.
Portanto [Deus] enviou anjos para conversarem com eles . . . e revelarem-lhes o
plano de redenção que havia sido preparado desde a fundação do mundo” (Alma
12:28-30). é claro que este é o mesmíssimo processo que se seguiu na América do
Norte durante a primeira metade do século dezenove através das visitações angélicas
a Joseph Smith.
No centro desta resposta
arquitetônica, com sua ênfase relativa às dispensações, está o âmago constante e
cristão do Livro de Mórmon. Jacó escreveu: “Sabíamos de Cristo muitas centenas
de anos antes de sua vinda . . . bem como todos os santos profetas que existiam
antes de nós. Eis que eles criam em Cristo e adoravam o Pai em seu nome ...
guardando a lei de Moisés que a ele guia nossa alma” (Jacó 4:4-5). Jacó enfatizou:
“Nenhum profeta escreveu . . . sem ter falado deste Cristo” (Jacó 7:11).
Deus nos testifica de
tantas maneiras: “Sim, e todas as coisas mostram que existe um Deus; sim, até mesmo
a Terra e tudo que existe sobre a sua face, sim, e seu movimento, sim, e todos
os planetas que se movem em sua ordem regular testemunham que existe um Criador
Supremo” (Alma 30:44; vide também Moisés 6:63).
Um cientista crente da
Grã Bretanha observou que nosso planeta se encontra num lugar especial: “Um pouco
mais próximo ao sol e os mares da Terra logo ferveriam; um pouquinho mais
distante e o mundo seria um deserto congelado.” Este cientista também notou: “Se
as dimensões de nossa órbita mão estivessem certas, ... de seis em seis meses
alternaríamos entre um congelamento tal qual se encontra em Marte e um calorão
de fritar como em Vênus. Felizmente para nós, a órbita de nosso planeta é quase
que um círculo.” (4) “21% de oxigênio na
atmosfera é outra cifra primordial. Os animais teriam dificuldade em respirar,
se o conteúdo de oxigênio no ar caisse um tanto abaixo deste valor. Mas um
nível de oxigênio um pouco acima disso seria desastroso, dado que um grau de
oxigênio a mais provocaria mais incêndios. As florestas e a relva das planícies
incendiariam sempre que caisse um relâmpago durante a época de seca, e viver na
Terra se tornaria extremamente perigoso.” (5)
Quando, portanto,
sabemos as respostas afirmativas à “grande pergunta,” podemos, como falou Amuleque,
“viver rendendo graças diariamente” (Alma 34:38) e dando graças pelas muitas
condições especiais que tornam possível a vida cotidiana na Terra.
Os propósitos
abrangedores de Deus são declarados até o fim do Livro de Mórmon. Morôni nos
exorta a um método exato de estudo e verificação que, se for seguido, nos
revelará entre outras coisas quão misericorioso o Senhor tem sido para a
humanidade “desde a criação de Adão” (Morôni 10:3). A profecia também pode ser
tão convencedora como a lembrança do passado quando se trata de mostrar a
extensão o amor de Deus: “Revelando-lhes coisas que logo aconteceriam, para que
soubessem e lembrassem, na hora de sua vinda, que elas lhes haviam sido
anunciadas de antemão, para que acreditassem” (Helamã 16:5; também vide Mómon
8:34-35).
Todas as idades precisam
desta mensagem arquitetônica, mas nenhuma delas precisa mais desesperadamente
do que a nossa que tanto se preocupa com o cepticismo e o hedonismo: “Pois como
conhece um homem o mestre a quem não serviu e que lhe é estranho e que está
longe dos pensamentos e desígnios de seu coração?” (Mosias 5:13).
Se, porém, nós nos
focalizarmos demais nas guerras do Livro de Mórmon, ou se nos preocuparmos demais
com o processo da produção do livro, tais verdades transcendentes como a que
acabo de citar poderão passar despercebidas.
Até a página de rosto
(6) declara que o Livro de Mórmon tem como propósito avisar as gerações futuras
de “quão grandes as coisas que o Senhor fez para seus pais.” A falta de tais
memórias espirituais certa vez levou ao declínio de Israel antigo: “E outra
geração após ela se levantou, que não conhecia ao Senhor, nem tampouco a obra
que ele fizera a Israel” (Juízes 2:10).
Por que era tão difícil
um povo inteiro-ou Lamã e Lemuel-guardar a fé? Porque desconheciam e eram descrentes
dos “procedimentos daquele Deus que os criara” (1 Néfi 2:12; 2 Néfi 1:10).
Fizeram-se muitos esforços: “Eu, Néfi, ensinei estas coisas a meus irmãos . . .
li para eles muitas coisas que estavam gravadas na placas de latão para que
soubessem o que o Senhor havia feito em outras terras entre os povos antigos”
(1 Néfi 19:22).
Portanto, a ênfase
profética do Livro de Mórmon é relevante para nós! Até as críticas do livro
acabarão por ter sua utilidade nos planos futuros de Deus. Concordo que as grandes
respostas contidas no livro não serão aceitas por aqueles que não crêem. Tais
pessoas não acreditariam nas palavras de Deus-vindas de Paulo ou de Joseph
Smith-mesmo que tivessem um pergaminho paulino original ou acesso direto às
placas de ouro. O Senhor certa vez apaziquou Joseph Smith ao dizer que tais
pessoas “não crerão em minhas palavras . . . ainda que vissem todas estas
coisas” (D&C 5:7).
Assim, alguns censuram o
Livro de Mórmon. Porém para aqueles que têm ouvidos para ouvir, ele representa
algo informativo e atraente que “clama desde o pó” (2 Néfi 3:20). é a voz
enviada a nós de um povo caído para nos levantar. Descrito como um “sussurro
desde o pó” (2 Néfi 26:16) daqueles “que adormeceram” (2 Néfi 27:9), este som
desde o pó é o clamor coral de muitas vozes angustiadas que têm uma mensagem
simples e única. Sua luta espiritual abrange alguns séculos mas exprime uma
mensagem para todas as idades-o evangelho de Jesus Cristo! Os povos do Livro de
Mórmon não ocupavam o centro do palco da história secular. Em vez disso, o
teatro deles era relativamente pequeno, porém apresentavam a maior mensagem da
história.
O Livro de Mórmon não
agrada àqueles que almejam outros tipos de história e sim, agrada aos que verdadeiramente
buscam as respostas à “grande pergunta” (Alma 34:5). Ao contrário da conclusão
triste à qual muitos chegaram, o Livro de Mórmon declara repetidas vezes que o
universo não consiste no chamado “espaço geométrico sem Deus.” (7)
Leva-se em conta também
que normalmente “os instruídos não as lerão, porque [eles] as rejeitaram” (2 Néfi
27:20). Este versículo não se refere somente ao Professor Anthon, pois
emprega-se o pronome plural eles. Esta referência sugere a
mentalidade da maioria dos “instruídos” (eruditos) do mundo que, na maioria,
não levam o Livro de Mórmon a sério. Mesmo quando estes o lêem eles realmente
não o lêem porque o seu ponto de vista exclui milagres, inclusive a milagre da
tradução do livro pelo “dom e poder de Deus.” Esse método falhado os desvia do
estudo da substância do livro. Às vezes certas pessoas têm tanto medo de se
desviarem de suas idéias fixas que não conseguem sair mesmo de um rumo
desastroso. (8) O homem, portanto, depende da revelação libertadora: “Eis que
grandes e maravilhosas são as obras do Senhor. Quão insondáveis são as
profundezas de seus mistérios! E é impossível ao homem descobrir todos os seus
caminhos. E nehum homem conhece seus caminhos, a não ser que lhe sejam
revelados; portanto, irmãos, não desprezeis as revelações de Deus” (Jacó 4:8).
E agora vamos à promessa
de Morôni, a qual é uma promessa baseada em certas condições, promessa esta que
tem várias partes. O leitor deve (1) ler e ponderar, (2) lembrar-se da
misericórdia de Deus para a humanidade desde Adão até o presente e (3) orar em
nome de Cristo, perguntando a Deus com real intenção se o livro é verdadeiro,
(4) tendo fé em Cristo. Aí (5) Deus manifestará a veracidade do livro. O método
contrário, ler superficialmente com dúvidas, se opõe ao método de Morôni e leva
a conclusões levianas. O processo de verificação de Morôni não é seguido por
muitos leitores e a crítica. Isso os leva a mal entendidos e confusão entre
boatos, com sua línguas mil, e o dom das línguas! Portanto, não sejam
desiludidos, pensando que os “outros livros” serão bem-vindos por aqueles cujo senso
de auto-suficiência já foi previsto: “Não pode haver mais” tais livros porque “já
não precisamos” de tais livros (2 Néfi 29:3, 6).
Outra impressão forte
que me veio através de reler o Livro de Mórmon é como os povos, embora
cristãos, obedeciam a lei de Moisés, até a vinda de Cristo, com mais rigor que
nós da Igreja imaginamos. “E não obstante acreditarmos em Cristo, guardamos a
lei de Moisés e esperamos firmemente em Cristo até que a lei seja cumprida” (2
Néfi 25:24).
Os povos daquela época
deviam “esperar pelo Messias e crer na sua vinda como se ele já tivesse vindo” (Jarom
1:11). Na verdade Moisés profetizou a respeito do Messias, mas nem todas as
suas palavras estão no venerado Velho Testamento. Lembram-se da caminhada do
Jesus ressuscitado com dois discípulos a caminho de Emaús? Esta caminhada era
provavelmente de doze quilômetros e teria dado tempo amplo para Jesus citar não
somente três ou quatro, mas muitas profecias de Moisés e outros a respeito do ministério
mortal de Cristo (Lucas 24:27).
As escrituras que
testemunham da divindade de Jesus são imprescindíveis em todas as épocas.
Senão, como profetiza o Livro de Mórmon, ele será considerado um mero homem
(Mosias 3:9) ou uma pessoa “sem valor” (1 Néfi 19:9). Nas últimas décadas a “dissolução
interna do cristianismo,” resultado das idéias alguns teólogos, não somente
diminui a importância de Cristo mas também diminui a importância da ressurreição,
passando a considerá-la “uma expressão simbólica da renovação do discípulo.”
(10) Mais uma vez nós vemos a importância primordial dos “outros livros” de
escrituras que reforçam a realidade da ressurreição, especialmente os
ensinamentos adicionais e relato da visita e instrução do Jesus ressuscitado que
se encontram no Livro de Mórmon. Ocorreu a ressurreição de muitos outros
conforme o relato claro de Jesus (3 Néfi 23:6-13).
Assim o Livro de Mórmon
responde à “grande pergunta” de forma sonora, ampla e grandiosa. é claro que em
nossos dias, a época pós-cristão, muitos já não fazem “a grande pergunta” a
respeito do cristianismo, “não por ser mentira ou absurdo, mas por ser
irrelevante,” (11) justamente como alguns pensavam nos dias de Benjamim e
Mosias (Vide Mosias 28:1-2; Ômni 1:17).
Se a resposta à “grande
pergunta” fosse “não,” logo haveria uma inundação distorcida do que o Professor
Hugh Nibley chama “as perguntas terríveis.” Até o cenário histórico, político e
geográfico da revelação do Livro de Mórmon é todo especial. O Presidente
Brigham Young ousadamente declarou: “Poderia este livro ser revelado e
publicado ao mundo sob qualquer outro governo que não fosse o dos Estados
Unidos? Não. Deus governou e controlou a colonização deste continente. Ele
conduziu nossos pais da Europa para esta terra . . . e inspirou e garantiu liberdade
no nosso governo, embora a garantia nem sempre seja observada.” (12)
Em meio deste drama que
desdobra continuamente, alguns membros da Igreja abandonam a causa e são como
aquele que abandona um oásis e sai à procura de água no deserto. Alguns destes
sem dúvida se tornarão críticos e serão bem-recebidos no “edifício grande e
espaçoso.” Daí em diante, porém, quanto a suas acomodações teológicas estão num
hotel espaçoso mas de baixa categoria. Bem-vestidos, como diz o Livro de
Mórmon, de forma “extremamente fina” (1 Néfi 8: 27), mas não têm aonde ir a não
ser-um dia, como se espera-para casa.
As grandes respostas à “grande
pergunta” sempre se focalizam, portanto, na realidade do “grande e último
sacrifício.” “E eis que este é o significado total da lei, cada ponto indicando
aquele grande e último sacrifício; e aquele grande e último sacrifício será o
Filho de Deus, sim, infinito e eterno” (Alma 34:14). Estas grandes respostas
reafirmam que havemos de vencer a melancolia mortal, não importando quantas vezes
ou quão dolorosamente ela se manifeste.
Ademais, o que recebemos
no Livro de Mórmon não é uma mera coleção de aforismos nem os ditos de um grupo
de homens que oferecem suas opiniões filosóficas. Em vez disso, recebemos o
testemunho coletivo dos profetas, especialmente aqueles que eram testemumhas
oculares de Jesus, como Leí, Néfi, Jacó, Alma, o irmão de Jarede, Mórmon e
Morôni. O relato bíblico dos quinhentos irmãos e irmãs que viram o Jesus
ressuscitado (1 Coríntios 15:6) une-se à congregação de duas mil e quinhentas
testemunhas da terra de Abundância (3 Néfi 17:25). Todas elas se uniram à hoste
crescente de testemunhas sobre as quais escreveu o Apóstolo Paulo (Hebreus
12:1).
O Livro de Mórmon
poderia ter sido outro tipo de livro, é claro. Poderia ter tratado
principalmente dos cíclos da história de governos, isto é, “Os príncipes entram
e os príncipes saem, uma hora de pompa, uma hora de ostentação.” Tal versão não
iria contrabalançar tantos livros de desespero e a literatura de lamentações
que já temos, até em demasia, cada um deles reminiscente, de uma maneira ou
outra, deste verso de desespero do poeta Shelley:
... Duas vastas pernas
de pedra sem torso
Erguem-se no deserto.
Próxima delas, na areia,
Meio enterrada, uma
cabeça quebrada jaz ...
“Meu nome é Ozimandias,
rei dos reis:
Contemplai minhas obras,
vós, homens de valor, e desesperai!”
Nada permanece senão os
restos. Ao redor da decadência
Daqueles destroços
colossais, sem limites, no deserto
As areias solitárias e
planas extendem ao horizonte.
Devido ao fato da
redação do Livro de Mórmon, com seu evangelho de esperança, ter ocorrido sob a direção
divina, seu enfoque é principalmente espiritual. Mas há uns que criticam o
Livro de Mórmon por não ser aquilo que nunca se destinava a ser. È como critcar
a lista telefônica por não ter enredo! Alguns dos versículos do Livro de Mórmon
são de suma importância quanto a nossa salvação, outros não. O livro de éter
contém um versículo sobre a genealogia: “E Jarede tinha quatro filhos” (e aí
relatam-se os nomes) (éter 6:14). Porém, éter também contém outro versículo de
enorme significado salvador: “E se os homens vierem a mim, mostrar-lhes-ei sua
fraqueza. E dou a fraqueza aos homens a fim de que sejam humildes; e minha
graça basta a todos os que se humilham perante mim; porque caso se humilhem perante
mim e tenham fé em mim, então farei com que as coisas fracas se tornem fortes
para eles” (éter 12:27).
Lemos sobre uma batalha
em que “dormiram sobre suas espadas . . . estavam embriagados de ira, da mesma
forma que um homem se embriaga com vinho . . . E quando chegou a noite restavam
trinta e dois do povo de Siz e vinte e sete do povo de Coriântumr” (éter
15:20-26). Tais versículos são de menos significado para nos tornarmos
discípulos do que a seguinte passagem. Em todas as escrituras estas palavras
constituem a mais completa explicação do requisito de Jesus que nós nos
tornemos como um pequenino (Vide Mateus 18:3): “ . . . e se torne como uma
criança, submisso, manso, humilde, paciente, cheio de amor, disposto a
submeter-se a tudo quanto o Senhor achar que lhe deva infligir, assim como uma
criança se submete a seu pai” (Mosias 3:19).
Um dos motivos de nós “examinarmos
as escrituras” é descobrir as várzeas luxuosas de significado e estes campos
verdejantes nos nutrirão na hora de necessidade individual. O Livro de Mórmon
está repleto de tais passagens. Logo após as palavras sobre as condições
econômicas na cidade já desaparecida de Helã, encontramos uma verdade sóbria e
duradoura: “Não obstante, o Senhor julga conveniente castigar seu povo; sim,
ele prova sua paciência e sua fé” (Mosias 23:20-21; vide também D&C 98:12;
Abraão 3:25). De gual modo, o Livro de Mórmon nos dá pensamentos profundos que
talvez não possamos compreender por completo. De forma surpreendente, Alma
inclui nossas dores, doenças e enfermidades, bem como os pecados, entre as
coisas que Jesus iria “tomar sobre si” (Alma 7:11-12). Suas experiências “de
acordo com a carne” serviam de aperfeiçoar a misericórdia de Cristo. Ao exclamar
“Oh! Quão grande é o plano de nosso Deus” (2 Néfi 9:13) Néfi também declarou
que Jesus sofreria “as dores de todos os . . . homens, mulheres e crianças que
pertencem à família Adão” (2 Néfi 9:21). Nossa alma tremula em face destas inferências.
Correm as lágrimas ao ler tais passagens e aprofunda-se a adoração do nosso
Redentor. Dada esta riqueza de preceitos, não é de se admirar que os profetas
nos admoestem a ler o Livro de Mórmon.
Ao encerrar seus
escritos àqueles que não respeitam (1) as palavras dos judeus (a Bíblia), (2)
as palavras de Néfi (no Livro de Mórmon) e (3) as palavras de Jesus (do futuro
Novo Testamento), Néfi simplesmente diz: “Eis que vos dou um eterno adeus” (2
Néfi 33:14).
Mórmon igualmente
enfatiza a interação entre a Bíblia e o Livro de Mórmon (Vide Mórmon 7:8-9). O
apoio mútuo e a correlação entre as escrituras foram comentados por Jesus: “Porque,
se vós crêsseis em Moisés, creríeis em mim; porque de mim escreveu ele. Mas, se
não credes nos seus escritos, como crereis nas minhas palavras?” (João
5:46-47).
No entanto, daqueles que
dizem: “Temos o suficiente, destes será tirado até mesmo o que tiverem” (2 Néfi
28:30). Obviamente, isto não se refere à perda física da Bíblia, que pode ainda
estar na prateleira, e sim, refere-se à triste perda de convicção a seu
respeito por parte de algumas pessoas.
Quando “examinamos as
escrituras” a luminosidade de vários versículos de diversos livros focaliza-se como
um laser. Esta iluminação arca e então converge, mesmo que se trata de
autores, povos, lugares e tempos diferentes: “Portanto digo as mesmas palavras,
tanto a uma nação como a outra. E quando duas nações caminharem juntas, os
testemunhas das duas nações também caminharão juntos” (2 Néfi 29:8). Porém crer
não é um simples caso de avaliar as evidências da antigüidade, embora abracemos
tais evidências. Tampouco se depende de acumular tais evidências, por
bem-vindas que sejam. Em vez disso é uma questão de acreditar nas palavras de
Jesus. A fé real, como a humildade verdadeira, se desenvolve “por causa da
palavra de Deus”-e não por causa das circunstâncias que a rodeiam (Alma
32:13-14)! Quão apropriado que as
coisas são assim! O teste se focaliza na mensagem e não nos mensageiros; em princípios
e não em processos; na doutrina e não no enredo. Enfatiza-se a crença em si “por
causa da palavra.” Jesus falou a Tomás no hemisfério oriental: “Bem-aventurados
são aqueles que não viram mas creram” (João 20:29). Ele proclamou aos nefitas: “Mais
bem-aventurados são os que acreditarem em vossas palavras, porque testificareis
que me vistes e sabeis que eu sou” (3 Néfi 12:2).
A verdadeira fé,
portanto, se torna real através da assombrosa invervenção divina. O Senhor,
conforme nos diz o Livro de Mórmon, é um pastor de voz mansa e agradável (Vide
Helamã 5:30-31; 3 Néfi 11:3)- não um pastor gritante e repreensivo. Outros, se
quiserem, podem exigir uma impressão vocal da voz do Senhor, mas mesmo se isto
fosse possível, eles não iriam gostar de suas doutrinas (Vide João 6:66). As coisas
do espírito devem ser buscadas pela fé, pois não se vêem pelos olhos do
cepticismo.
Sem a fé real, as
pessoas, ou mais cedo ou mais tarde, acham uma pedra de tropeço (Romanos 9:32).
Afinal, é muito difícil mostrar aos orgulhosos coisas que “nunca teriam
imaginado,” principalmente as coisas de que não querem saber. Quando Jesus
falava de si como o pão da vida, uma doutrina poderosa cheia de conotações
extraordinárias, alguns censuraram-no. Jesus lhes perguntou: “Isto
escandaliza-vos?” (João 6:61). “E bem-aventurado é aquele que em mim se não
escandalizar” (Lucas 7:23).
Como se isto não fosse
suficiente, o esplêndido Livro de Mórmon nos avisa que uma terceira testemunha de
escrituras sagradas ainda está para vir das dez tribos perdidas (Vide 2 Néfi
29-12-14). Sua vinda pode ser até mais dramática que a da segunda testemunha.
Os que duvidam e desprezam a segunda testemunha tampouco aceitarão a terceira.
Mas os fiéis possuirão uma tríade triunfante de verdade (Vide 2 Néfi 29:12-13).
Se não fosse pelo Livro de Mórmon, nem saberíamos do terceiro conjunto de
registros.! Não sabemos quando ou como isso ocorrerá, mas estamos certos em
assumir que o terceiro livro terá o mesmo enfoque fundamental do Livro de
Mórmon: “Para que o restante da posteridade deles . . . venha a conhecer-me a
mim, seu Redentor” (3 Néfi 16:4). Se houver uma página de rosto no terceiro
registro, seu propósito não será muito diferente daquele do Livro de Mórmon, só
que falará de outros povos que de igual forma receberam a visita pessoal do
Jesus ressuscitado (Vide 3 Néfi 15:20-24; 16:1-4).
Assim, na dispensação da
plenitude dos tempos haverá tanto um “elo de ligação” (D&C 128:18),
juntando as chaves de todas as dispensaões como um “elo de ligação” que reúne
todos os livros de escrituras dados pelo Senhor ao longo da história humana.
Daí, como foi profetizado, “minha palavra também será reunida em uma” (2 Néfi
29:14). Então haverá um aprisco, um pastor e uma testemunha maravilhosa de Cristo!
Levando em conta tudo
que relatei acima, é comovente que Joseph Smith, no cárcere, durante a última noite
de sua vida moral, 26 de junho de 1844, prestou aos guardas “um testemunho
poderoso da autenticidade divina do Livro de Mórmon, a restauração do evangelho
e do ministério de anjos” (14) (Vide Alma 12:28-30). Aparentemente os guardas
não deram ouvidos, como a maioria do mundo de hoje em dia. Seja a mensagem
ouvida ou não, porém, o Livro de Mórmon terá mais um encontro para a frente: “Portanto
estas coisas passarão de geração a geração, enquanto durar a Terra; e isto de
acordo com a vontade e prazer de Deus; e as nações que as tiverem em seu poder
serão julgadas por elas, segundo as palavras que estão escritas” (2 Néfi
25:22).
Por mim, sou grato que o
livro estará conosco “enquanto durar a Terra.” Quero e preciso de mais tempo. Para
mim, torres, pátios e alas esperam minha chegada. Minha visita ainda não se
completou. Ainda há algumas salas em que não entrei e há lareiras acesas
esperando para acalentar-me. Até as salas que já vi têm mobília e detalhes que
ainda não apreciei. Há painéis imbutidos de conhecimentos incríveis, de design e
decoração desde o éden. Também nos esperam mesas de banquete suntosamente
postas pelos nossos antecessores. Infelizmente, nós, como membros da Igreja, às
vezes agimos como turistas apressados, mal passando pelo hall de entrada da
mansão.
Que nós cheguemos a
sentir, como um povo inteiro, o desejo de entar para além do hall de entrada.
Que possamos chegar lá dentro onde se ouvem claramente as verdades sussuradas
daqueles que “adormeceram,” cujos sussurros despertarão em nós, como nunca
antes, a vida de discípulo.
REFERÊNCIAS:
1. Guerras do Senhor,
Jasher, mais escritos de Samuel, os Atos de Solomão, o livro de Natã, Semaías, Aíjah,
Ido, Jeú, os dizeres dos Videntes, pelo menos duas epístolas de Paulo, os
livros de Enoque, Ezias, o Livro de Lembranças de Adão, e Gade o Vidente.
Trata-se de mais de vinte livros perdidos. Também há certas profecias de Jacó
(Israel), e muitas profecias de José no Egito, uma parte das quais se encontra
em 2 Néfi 3:1-25; 4:1-3 (Tradução de Joseph Smith, Gênesis 50:24-37; Alma
46:24-26). 2. Ademais, poucas pessoas estão dispostas a seguir os conselhos de
Morôni a respeito do conteúdo do livro: “Não me condeneis, em virtude de minha
imperfeição; nem a meu pai, por causa de sua imperfeição, nem àqueles que
escreveram antes dele; mas dai graças a Deus por ele vos ter manifestado nossas
imperfeições, para que aprendais a ser mais sábios do que nós fomos” (Mómon
9:31).
3. Vinte e duas vezes no
Livro de Mórmon, dez vezes em Doutrina e Convênios e três vezes na Pérola de Grande
Valor.
4. Alan Hayward, God Is
(Deus é) (Nashville: Thomas Nelson, 1980) 62-63.
5. Hayward, God Is
(Deus é), 68.
6. Joseph Smith, Teachings
of the Prophet Joseph Smith (Os Ensinamentos do Profeta Joseph Smith), compilado
por Joseph Fielding Smith (Salt Lake City: Deseret Book, 1976), 7.
7. Michael Harrington, The
Politics at God’s Funeral: the Spiritual Crisis of Western Civilization (A
Política no Funeral de Deus: a Crise Espiritual da Civilização Ocidental) (New
York: Holt, Rinehart and Winston, 1983), 114.
8. C. S. Lewis, The
Last Battle (A última Batalha) (New York: Collier, 1970), 148.
9. Harrington, Politics,
153.
10. Harrington, Politics,
164.
11. Penelope Fitzgerald,
The Knox Brothers (Os Irmãos Knox) (New
York: Coward, McCann & Geoghegen, 1977), 106-7.
12. Brigham Young, no Journal
of Discourses (Revista de Discursos) (London: Latter-day Saints’
Book Depot (Depósito de Livros dos Santos dos últimos Dias), 1854-86) 8:67.
13. Percy Bysshe
Shelley, “Ozymandias,” (“Ozimandias”) Norton Anthology of English
Literature (Antologia Norton de Literatura Inglesa) (New
York: W.W. Norton & Company, 1986), 2:691.
14. Smith, Teachings, 383.
Sensacional esse site.
ResponderExcluir